domingo, 12 de dezembro de 2010




solta essa cor que te aprisiona o coração
desfolha as pétalas das noites mal dormidas
nessa gota quente que se desprende do olhar turvo
esvazia a dor e a tormenta de ser diferente

mulher sofrida nas palavras caladas
amante adormecida nos pesadelos opacos
puta da vida, da vida que a esqueceu
filha do demónio...demónio de saia rasgada
mata a ilusão que teima em trepar paredes
sufoca a criança dos sonhos companheiros de insónias

na calçada deserta espera...
aborto no chão gélido
antecâmara da morte
..era tão bela aquela flor!
pedaço de luz roubada à lua
também ela já foi assim...

13 comentários:

  1. Mas ficará sempre alguma dor.....alguma dúvida...aquele medo de se magoar outra vez....
    Apesar da flor florir e a lua ser eterna....
    Uma maravilha....Adorei cada palavra e a foto perfeita....
    Beijos e abraços
    Marta

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  2. Fiquei presa a este poema mas dói, dói muito ...sinto o desespero, a angústia,...por trás de cada palavra, essa dor pode ser compensada se pensar que as flores voltam a florir...
    Abracinho meu!

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  3. Bela Fotografia...belas palavras...Espectacular....
    Cumprimentos

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  4. E é uma cor que cativa o olhar.
    Adorei a fotografia. O controlo da profundidade de campo está perfeita.
    Parabéns.

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  5. Se já não é difícil entender alguém assim,
    imagine por isso em versos....

    Estou encantado!

    Abraços!

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  6. Quase posso dizer que me leste a alma...

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  7. Anónimo14.12.10

    Interessante,fiquei meio confusa. Uma confusão boa e sentida.
    Beijokas mil.

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  8. · Hermosas

    · un beijo

    CR & LMA
    ________________________________
    ·

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  9. Adoro a foto, belas cores e dof. O poema é profundo, um sufoco, muito bem escrito. ;)

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  10. Gosto muito de violetas.
    Acho a edição perfeita.
    Bjs

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  11. A cor é cativante mas, a poesia essa é fabulosa!
    Bjs

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  12. Os sonhos também murcham...
    Um prazer imenso navegar por estas palavras!

    Beijo :)

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  13. poema dorido.

    foto belissima para amenizar.

    um beij

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